domingo, 14 de novembro de 2010

O que me alimenta


Sinto falta de todos os amigos que já passaram pela pequena estrada. Os longe e os de perto. Às vezes os de longe são mais presentes quanto os que moram a duas ruas de mim.

Não entendo, mas amigos nos fazem bem até quando brigam por coisa besta, por uma resposta mal interpretada, e até por ciúme.

Já amanheci no celular falando besteira e assuntos sérios também. Já chorei por amigos distantes e pelos que acabei de encontrar. Já briguei pra defender gente que nem merecia, mas fiz de alma lavada e não me arrependo.

Cultivo cada grão de sinceridade que recebo, não costumo burlar os princípios leais de manter qualquer tipo de laço afetivo. Sustento até o último instante o carinho e respeito que tenho por cada um.

Tenho todo tipo de amigo. Os “sem noção” são o que mais me cercam, deve ser pela afinidade. Tem os “Robóticos” aqueles que se acham corretos e fingem não cometer qualquer deslize; os “Santarrões” ou “Capa” que posam de cristãos convertidos, porém, que não passam de bibelôs nos bancos (templos) e se esquecem que Deus não define níveis de pecado, pecado é só um, seja mentir ou matar, teremos as conseqüências de nossos erros, precisamos cuidar para não cair e só.

Vale lembrar que amigos nunca substituem outros. Velhos ou novos. Os que chegam agora ocupam o lugar antes desconhecido e não anulam os buracos que os antigos deixaram.

O espaço só está vazio. Com uma poeira aqui outra ali, sem luz o que impede de possíveis invasões, mas está lá pronto para ser habitado pelo mesmo inquilino. Na verdade o coração é segmentado, e por mais que pareça isso não é ruim. Tem lugar pra todo tipo de amigo eles só precisam cultivar dia após dia.