sábado, 31 de julho de 2010

Dias merecidos


Não teria motivo pra escrever hoje. Cansada, ainda sinto dores por conta do jogo de taco em Joanes/Marajó, mas como agora tenho dois ilustres seguidores (Adison Cesar e Eraldo Paulino), em hipótese alguma os deixaria sem informação.

Pois bem, no 4º ano consecutivo que passo férias em Joanes/Marajó/PA resolvi levar minhas sobrinhas, não são criançinhas como alguns podem pensar. Uma de 14 e outra de 16. Raissa e Rebeca. Tudo foi religiosamente estudado pra que elas pudessem ficar bem antes e durante a viagem. Tudo sob controle. Ou melhor eu que não consegui controlar o cuidado excessivo quando uns garotos se aproximaram delas, mas não quero relatar esse fato por receio de represálias.

Com tudo pronto fomos para o Marajó. Eu, Rebeca, Raissa e Glaydson um amigo-vizinho nosso. Na viagem ele jogava video game (PSP), Rebeca ouvindo alguma coisa não lembro, Raissa assistindo o video sobre o Marajó que sempre passa durante o percurso e eu tentando conciliar Agatha Cristie e Ismael Machado boas companhias.

Chegamos. Tudo ocorreu bem graças a Deus.

Seis dias merecidos e aqui estou de volta a vida normal.

domingo, 18 de julho de 2010

Envelhecer até morrer


Acabo de assistir o filme "O curioso caso de Benjamin Button". Pra quem não conhece, é a história de um homem que nasce com mais ou menos 80 anos. Diferente do comun, tem o caminho inverso. Velhice, juventude, adolescência e infância, essa é a ordem "natural" dele. Ahh ia esquecendo, quem o interpreta é Brad Pitt, voltando....

Benjamin anda literalmente "contra a maré". Enquanto todos envelhecem e partilham experiências, ele as vive e a cada dia rejuvenece, não vou aqui relatar o filme, mas há um detalhe que muito me chamou atenção.

Quando está no fim da vida, isso quer dizer mais ou menos aos 8 ou 9 anos, ele não recorda da vida que levou. Não consegue lembrar do amor de sua vida, da filha e nem das coisas que aprendeu, isso por um lado é triste.

Não me imagino sem essas lembranças tão ricas a qualquer mortal. Não poder sentir saudade de momentos únicos com pessoas únicas, nem lembrar das mentiras bestas que inventei só para estar ao lado de alguém especial, das lágrimas tolas derramadas quase todas as noites por pessoas nem tão importantes assim, ai...ai...
Atitudes e gestos simples mas que juntados ao longo da vida, traçam o caminho perfeito.

Por outro lado, seria interessante não lembrar das pessoas que me fizeram mal ( e olha que não são poucas). Tipo, um amor não correspondido que por anos de tentativas não deu certo e que ainda assim não consigo aprender. Apagar da memória tudo o que me trouxe desânimo, dor, sofrimento, saudade, mas pera aí.... sentir saudade é bom, ou não é?

Quem dera pudessemos filtrar:
- Só vou sentir saudade de coisas agradáveis.

Se assim fosse, era como se tivessemos o controle remoto da vida, ou seria um remoto controle??

Ao certo não sei o que seria melhor ou pior, se a medida em que a vida cessar perdessemos a memória pra termos uma morte calma, serena e tranquila ou se com o passar dos dias lembrassemos sempre de tudo e todos mesmo com os olhos mareados exatamente como agora.