domingo, 27 de junho de 2010

O dom mais importante é o mais dificil


Minha base é cristã, e amar seria muito natural ou até facil, teoricamente é. Paradoxo? sim. As vezes é mais facil odiar que amar alguém.Amar quem nos ama é a parte gostosa de ser humano, agora amar a quem odiamos ou fingimos que odiamos é a pior coisa.
Como sempre escrevo ouvindo algo, a trilha hoje é Fernanda Brum e Eyshila com a música Perdão.
"se o teu inimigo tiver fome
dá-lhe de comer.Se o teu inimigo
tiver sede dá-lhe de beber"

Quantos vivem o que esse trecho diz??!! Não falo dos inimigos com chifres ou rabos que cincundam nossas mentes, falo das pessoas ao redor, que não precisam nos agredir fisicamente mais que as odiamos gratuitamente. E não precisa oferecer alimento materialmente, mas a atenção ou uma simples ligação já resgata qualquer um.

"perdão, perdão antes do partir do pão
Perdoar, perdoar antes do vinho tomar
Amar, amar sim eu quero te amar, ser amado,
ser amado,eu preciso ser amado "

Na medida em que precisamos amar queremos ser amados essa é a ordem natural das coisas. Ao menos seria!
O motivo dessa ladainha toda?! Preciso trabalhar o perdão, ô coisa dificil meu Deus!!!!

Mas não estou a beira do abismo, ao menos reconheço só ainda não o fiz!

Ainda Fernanda Brum e Eyshila!

sábado, 12 de junho de 2010

Saudosista sim!!!



Luz acesa por favor!!
A trilha sonora é Los Hermanos,acústico MTV. Gosto da metalera, o arranjo,o back vocal isso sem falar das letras, coisas que aspirante a músicista curte.Envolvente. As vezes traz boas lembranças, as vezes não.Mas é o que preenche a noite.

Quando pequena (não faz muito tempo rssrsr)conversava sozinha e até brigava comigo mesma,devia ser pela diferença de idade com minhas irmãs. Tenho mais três, fora meu irmão. Não me deixavam brincar ou acompanhar as conversas, tenho o sinal dessa harmonia na sobrancelha.

Agora com pouco mais idade não mudou muito, as vezes falo sozinha, mas tenho a companhia dum retângulo colorido, algumas teclas e duas caixinhas de som que fazem a diferença.

Essa semana foi de nostalgia total, TPM talvez. Vasculhando meu baú virtual encontrei alguns emails e fotos antigas que trocava (tô devendo novas informações) pra uma amiga que mora no RJ, amiga de infância (daí a nostalgia),alguns são impublicáveis, outros percebo o quanto amadureci.

Como diz um amigo viver o amor livre é a forma de desnudar o medo de ser feliz, e isso implica em sermos assumidamente saudosistas quando necessário, ou viver intensamente o que é NECESSÁRIO.

Ainda Los Hermanos, agora Ventura - Sentimental.
Meia luz.....

terça-feira, 1 de junho de 2010

A suprema distância



Há uma distância terrível que régua alguma consegue mensurar: a de um coração fechado a outro.

Essa distância existe entre amigos sem agenda - que nunca têm tempo um para o outro - ou que permitem-se um isolamento por um ou outro motivo.

Existe também entre um casal quando partilham tudo: uma cama, um teto,... mas já não o que lhes vai dentro deles, quando não há um ouvido aberto para ouvir o batido do peito do companheiro.

Essa coisa ganha uma dimensão terrível, quando instalado (ou progressivamente ganha seu espaço) e se solidifica até que não haja mais volta e a existência do outro, na história simplesmente desaparece. Em referências, em lembranças...

Começa-se geralmente com um ressentimento sobre algo não resolvido, que dita uma rotina de desavenças, que vira amargura, que vira ódio, que vira indiferença, que vira morte relacional.

Nas escrituras há algo como isso, quando curiosamente, o Deus onisciente, recusa-se a registrar a existência ou a coexistência com alguém que para Ele se fecha. Lá lemos que o Todo Poderoso, afirma desconhecer os que não partilharam a sua vida, abrindo a sua intimidade ao escrutínio do Senhor. Percebi assim, porque devia eu orar de contínuo a Ele. Não para informá-Lo do que não sabe, nem para conquistá-Lo para as minhas lutas, nem para fazê-Lo se converter às minhas causas, mas para simplesmente com Ele partilhar o meu coração.

Muitos, diz a Palavra, virão no fim dos tempos, apresentando-se tardiamente a Deus e o pior - através das suas obras e ouvirão a declaração dessa suprema distância estabelecida - "Apartai-vos de mim. Nunca vos conheci".

Apesar de o Criador saber de todas as coisas, Ele recusa-Se por um ato soberano a vasculhar a intimidade dos que a Ele não se apresentam em contabilidade de amor como manifestação de amor diária, e não por obrigação. E deixam de o fazer por motivos que vão da displicência cimentada em rotina de isolamento, à rebeldia.

Talvez dai venha a pena das penas, impostas aos que se fecham para Deus: o abandonar das nossas vidas à mercê de nós mesmos. Como aliás afirma Paulo, no capítulo 1 de Romanos de 21 a 32. Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como tal,... Ele os entrega às suas paixões para acabarem consigo mesmos cometendo todo tipo de desvario, buscando o que nunca se pode fartar - os seus apetites animais.

Que Deus nos livre dessa distância,...

Por Rubinho Pirola
http://www.rubinhopirola.com/