domingo, 30 de maio de 2010

Começando.....

Relutei ao máximo parar aqui. Mas foi mais forte do que pensei. Talvez acostume, talvez não, o melhor é que não tenho compromisso (até agora não). Engatinho nisso, e provavelmente levarei tombos que me deixarão ematomas horriveis, então resolvi seguir o conselho de um professor. Se for pecar que peque pelo excesso. E por falar em pecar, deixo um diário de bordo que fiz a caminho da faculdade, sem edição, com direito a errus de prutugueis e tudu (propositalmente). Tem um tempinho já, mas acho que vale, não sei o que me deu, só tava afim de escrever e deu nisso...

Onibus 76107 -

Só preciso de um lugar pra sentar. Benguí-Fellipe Patroni, 18h:40. Tenho que relaxar, se é que dá pra relaxa num onibus de Belém, com seus declives e desconforto, sem falar na trilha sonora que uns ousam em nos obrigar a ouvir.
Uns conversam. Outros em pé, cuidando para não cair. Bem na frente um figura curte som no celular ou mp alguma coisa (não sei em qual número está o mp hoje).

Entre um cochilo e outro a srª ao lado tenta não tombar no enconsto da cadeira da frente e tenta não passar da parada de destino.

Até que não tá quente. Já peguei onibus que mais parecia sauna que outra coisa.
É engraçado os volumes que as pessoas carregam, sombrinhas vermelhas com bolinhas brancas ( isso me lembra os anos 60, não que seja velha é que estudei um pouco), bolsas enOrmes que comportam alimentos e quase a casa completa de uma mulher.

Na curva sempre tem uns que se aproveitam da situação esprimida. Quando não é comigo soa até engraçado (rsrs).

O figura do mp4 tem um crucifixo no peito mas, não parece ouvir nada sagrado, também, com a inovação de ritmos que invadem as igrejas é dificil descobrir o som misterioso, do figura misterioso.

A srª ao lado precisou ser acordada. É que ela foi solidária quando segurou os livros da moça de blusa rosa. Vejo poucas pessoas solidárias assim, também, na sociedade individualista que o capitalismo prega é raro vê isso mesmo. Eu nem sempre faço isso.

O entrocamento é o gargalo do transito de Belém. Se estivesse com a Dani, não pensaria assim. Ela não fica enrolada no entroncamento. Corta o que vier pela frente. É bacana. O cheiro do cheiro verde é bom, mas dá fome.

O cobrador lê. Confere o caixa e conversa com o motorista, mas não tem aqueles avisos: Não converse com o motorista?? Não lembro de algum dia ter seguido essa orientação, esses avisos só servem para serem burlados.

Já choveu pra cá. Dá pra sentir no vento frio, isso dá outro tom na viagem. Vale da Benção! Ao lado dele parece que vão fazer um ginásio da igreja, vou conhecer. Tenho curiosidade de vistar o planetário, confesso que nunca me esforcei pra vir.
A trilha sonora agora é outra. Buzinas, várias delas ao mesmo tempo, é irritante.

Adorava quando minha mãe fazia tranças, duas de preferência, pra parecer a Chiquinha, mas acho que a garota mais a frente não gosta. A mãe passa o tempo trançando as madeixas da pequena de mais ou menos 8 anos. Égua vou passar da parada!!

19h:05